Primeiro Capítulo
“Tempestades na
parte norte da Europa prejudicam agricultores.”
1816
Após ler à esta matéria, Bernard La’Blaynne dá um salto da cadeira e
grita por sua mulher Louise Anabelle e lhe diz agora estar falido. Anabelle
chora e pergunta como irão fazer para pagar a hipoteca da casa onde moram, já
que eles contavam com o lucro das terras da Noruega, onde Bernard antes
investia. “Estou falido, mulher! Bem que tentaram me alertar de que não era bom
negócio.” Bernard sobe até o quarto deixando a esposa olhando para o horizonte
chorando o acontecido. De posse de sua arma, Bernard a aponta para a cabeça.
Anabelle tem uma ideia e sobe até o quarto para conta-la ao marido. Bernard
desiste do suicídio e logo esconde a arma ao ver sua esposa entrando no quarto.
“Bernard, tive uma ideia! Podemos vender nossas únicas cabeças de gado, alguns
móveis e, quem sabe, até eu venda minhas joias... O que acha?” Bernard dá um
abraço na mulher e concorda em vender as coisas. Ao final de tudo, percebe que
não lucrou muito, mas o suficiente para apostar em outro tipo de negócio.
No dia seguinte Bernard diz a Anabelle que nunca mais irão passar por
situação igual àquela. Dias depois Bernard mostra o papel de todas as hipotecas
pagas a Anabelle, que reage surpresa e pergunta como ele conseguiu tudo aquilo.
Bernard diz: “falei com alguns trabalhadores do ramo de mineração e eles me
indicaram negociar com essa nova empresa que chegou aqui. Eles pagam muito bem
se as coisas vão bem. Vamos rezar para que tudo dê certo, Anabelle.”
No final de fevereiro de 1817 Anabelle dá a luz a Laura La’Blaynne. Uma
garotinha linda, de olhos azuis cor do mar, claros como o céu; seus cabelos,
louros cor de ouro, lisos, lindos, lindos! Laura tem jeito de anjo, de uma
doçura inigualável, linda. Bernard, agora dono de uma pequena fábrica de
sapatos resolve se mudar para o sudoeste de Paris, onde cria sua maravilhosa
filha.
Numa tarde de 7 de maio de 1821, chega uma carta a Bernard que diz: “No dia 5 de maio de 1821 morreu aquele que
muitos de nós, franceses, tínhamos como estrela maior no comando de nosso
exército, Napoleão Bonaparte. Seu pai, junto aos vários outros militares que
juntos venceram tantas guerras e que foram leal até sua última batalha hoje
choram ao reconhecer quão importante foi Bonaparte. Agradecemos ao militar Guillermo Louvain La’Blaynne pela sua honra e lealdade perante nosso
imperador.” Bernard rasga a carta com raiva, senta-se à poltrona e chora.
Ele pensa: “Depois de terem feito desgraça com a honra da que tanto falam do
meu pai, eles vêm exaltá-la... Falsos! Espero que Napoleão tenha sido queimado,
enforcado ou posto na guilhotina! Ditador pífio.”
Próximo capítulo: 24/fevereiro/2013 Autor: Italo Trindade
Adorei... passando para o 2º cap.
ResponderExcluir