[Não viu o capítulo anterior? Clica aqui pra saber como foi.]
Julius tira de
seu bolso um lenço manchado se sangue. Ele diz: “tratei de guardar comigo este
‘presente’ daquele filho da mãe do Joseph. [sorriso] Ha, eu ainda posso ouvir
seus gritos de socorro enquanto eu tirava um por um seus dedos ridículos que
ele usou para apertar o gatilho daquela espingarda que tirou sua vida, mãe.
Você ainda tinha tanto tempo pela frente! Você morreu com apenas 20 anos... E
há vinte anos você se foi... Ainda lembro, por mais vaga que seja a lembrança,
de seu sorriso... De sua mão acariciando meus cabelos... Aquele bastardo não
merecia viver. Então, tratei de fazer justiça à sua memória, mãezinha. Ele
pedia perdão por tê-la matado, mas na minha cabeça só vinha a imagem de você
estendida naquele chão imundo da casa onde vivíamos com aquele traste. Então,
tratei de marca-lo a ferro, como ele fez comigo. Esquentei bem para que ele
sentisse o quanto aquilo doeu em mim...”
A delegada Fernanda Vaz Coelho pede para
que o inspetor Arnaldo adiante na leitura do diário, então ele continua: “aqui
ainda vem dizendo que ele após marcar o pai a ferro, desmembrou-o e o degolou,
atirando o corpo, já cortado, aos cães que o pai criava. E então, depois,
tratou de queimar os restos guardando as cinzas num pequeno jarro de barro. Ele
ainda diz assim: ‘depois disso, senti um alívio! Uma coisa me dizia que parte
de mim havia se libertado.’”
- Como assim “algo me dizia que parte de
mim havia se libertado”? Esse garoto já tinha em mente de fazer tudo o que fez
depois do pai? E... Essa tinta não me parece ser tinta de caneta. Arnaldo, você
tem algo a mais para me dizer?
O inspetor diz:
- Sim. Infelizmente tenho mais e más
novidades... Isto realmente não é qualquer tinta, mas sim, sangue.
Possivelmente das vítimas daquele maníaco!
A delegada Fernanda se espanta e pergunta:
- Como que ele fazia para escrever essas
anotações com o sangue das vítimas? Ele andava com uma caneta!? Como ele os
matava?
O inspetor Arnaldo responde:
- Ele atraía as vítimas para hotéis,
pousadas, chalés – até mesmo esse chalé – para praticar as atrocidades. Então,
depois de torturá-los, ele os dependurava e fazia um pequeno corte em seu
pescoço e então, com um balde ou vasilha ele colhia o sangue e escrevia, sim,
com uma caneta de pena, que era usada anos atrás.
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